A vida em parábolas...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

11 - Diferenças que aproximam...

Foto: Onny
Esse Post é especial. É o número 11!!! Esse número tem grande significado pra mim. Corresponde ao dia e mês do meu nascimento e também o dia em que me tornei mamãe.
Mas vamos ao assunto do título. Hoje, na especialização tivemos uma "Roda de Terapia Comunitária". Uma ótima estratégia para trabalhar grupos de forma terapêutica, criada por um psiquiatra/antropólogo, Dr. Adalberto, no Ceará, na década de 80. Ao perceber a grande demanda de atendimentos individuais e a impossibilidade disso, esse médico iniciou atendimentos em grupo que mais tarde, com embasamento teórico deu origem à Terapia Comunitária, que tem sido desenvolvida em algumas unidades de Saúde do SUS.
Na finalização da "Roda", a professora colocou sobre "semelhanças e diferenças que nos aproximam". Fiquei refletindo sobre isso e me deu vontade de expressar aqui.
Temos tendência a nos vincular, aproximar ou criar laços com pessoas que possuem semelhanças com a gente. Seja em gostos, afinidades, ideologias, posição social, cultura, etc. Quando iniciamos um namoro enxergamos as afinidades que proporcionam e solidificam o encontro. Não somos criados para lidar com as diferenças. Na maioria das vezes excluímos do nosso convívio qualquer pessoa diferente do padrão aceito pela sociedade. No namoro, quando começamos a perceber as diferenças entramos numa espécie de "crise" porque aquela pessoa antes "perfeita" possui inúmeras diferenças. Taí o desafio. Se vencermos essa barreira abrimos campo para o Amor verdadeiro e real.
Penso que as diferenças mais nos servem do que prejudicam, pois são elas que ampliam nossa visão de mundo, nos faz crescer, respeitar, ver a vida por outro ângulo. Imagino uma relação em que as pessoas não expressem diferenças. Seria essa relação real ou uma ilusão? Fico mais com a segunda opção, pois não existe duas pessoas exatamente iguais. Viver na ilusão é correr o maior risco que pode existir num relacionamento. Ninguém consegue manter uma máscara o resto da vida. Aí, quando essa máscara cai, um dos lados se sentirá sem chão, com a sensação de que foi enganado, porém trata-se de um auto-engano. Esse auto-engano pode ser necessário para darmos conta de algumas situações de vida, mas precisamos entender como isso se dá para não perdemos o eixo de nossa vida.
Fácil é conviver com as semelhanças, difícil é aceitar as diferenças, respeitá-las e ainda extrair dessa vivência o lado positivo que nos faz amadurecer.
Afinal, quem é a sociedade? Quem é o dono da verdade? Quem disse que fazendo assim ou assado é melhor? Quem disse que ser diferente é ruim? Quem ditou o que é certo e errado?
A soma das diferenças não pode ser vista como na matemática, mas na inteligência de aprender com o outro que se coloca.

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posted by Mundo da Onny at 20:18

2 Comments:

Com certeza, respeitar as diferenças é a grande questão de viver, de se relacionar com os outros. Não é fácil, não é simples, mas é possível e, acredito, enriquecedor. A verdade é que não há fórmula para viver. Não há dono da verdade, como você bem diz. O que ocorre, acho, é que procuramos dar conta de conviver com as diferenças que acreditamos ser úteis em nossas vidas, nos acrescentar. É só uma hipótese que me ocorre. Há várias ponderações nesse sentido... Beijos!!!

25 de junho de 2009 às 12:33  

Lindo post!
Eu bem sei o que acontece quando temos uma dose extra de inspiração: escrevemos com veemência e sabedoria...
E sempre devemos continuar, para aperfeiçoar, conquistar não apenas a perfeição, o 100%; mas senão acima, de 101%, 125%, 200%...

Confio em você, para chegar a mais do que já chegou, que é 1000‰!!

Beijos aluados!

Scarlet

29 de junho de 2009 às 20:04  

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