A vida em parábolas...
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
40 - Rumo a 2010!!!
Que possamos realizar nossos sonhos, vestir as camisas do que acreditamos, pensar mais coletivamente, manter a união, a paz no mundo e nos nossos lares, cuidar mais de nós, dos nossos próximos e da natureza, da mãe terra. Por isso escrevo em verde, que é a cor da esperança, a cor das matas e das florestas.
Que nossas construções sejam edificadas e solidificadas sobre a base de muito AMOR e RESPEITO!
Que Deus Pai nos abençoe hoje e a cada dia desse NOVO ANO! Abraços carinhosos a quem me lê.
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domingo, 20 de dezembro de 2009
39 - Balanço de Fim de Ano
Ontem acordei com uma melhor disposição para colocar as coisas em ordem. Fui da "faxina" até a poda das minhas plantinhas ao som de música country de um site de rádio online.
Fiquei pensando no ciclo da vida. Todas as coisas vivas geralmente passam por pelo menos um ciclo em sua existência. Pensei nas plantinhas que tenho tentado dar vida (coisa que não conseguia antes). Podei todas as astes secas, aguei, lavei as folhas, cuidei. Coloquei ao sol na varandinha. Precisavam desta minha dedicação, pareciam reagir instantaneamente às minhas mãos, perante o meu olhar.
Não pude deixar de ser grata a uma pessoa especial que surgiu na minha vida. Essa pessoa tem o dom de cuidar de plantas, todas que toca ganham vida. Sempre admirei isso, pois considero um dom mais que especial, talvez esta pessoa nem soubesse dessa minha admiração e de outras tantas. As plantas, como nós e os animais, dependemos de cuidados, da boa energia de quem nos dedica seu tempo.
Voltando ao assunto ciclos, fiquei tristinha nessa manhã de sábado devido à partida do nosso Beta "Paco". Entendo mais uma vez a necessidade dos tais ciclos. Estabelecemos laços com animais, plantas, e principalmente com outros seres humanos, por isso tudo que perdemos nos causa dor. A Florzinha, por ex, desde que piso em casa ela literalmente "não larga do meu pé"...rs... e quando larga sinto falta.
Voltando também à questão da admiração, muitas vezes "achamos" que o outro sabe do óbvio de tudo que não verbalizamos. Ledo engano! O óbvio que nos parece óbvio não é tão óbvio assim para o outro. Confuso? Não, são constatações. Me pego triste por não ter tido a oportunidade de não ter verbalizado mais em algumas situações. Seres humanos precisam disso, do nosso retorno. Como nos parece mais fácil crer no não verbal...
Estava aflita para registrar essas reflexões pois, constato hoje que daqui há exatos 11 dias estaremos rumo a um novo ano. Daqui uns dias estarei ausente de BH talvez até o Ano Novo e, se deixasse por conta da minha memória talvez não conseguisse escrever na íntegra o que sinto.
Enfim, 2009 foi um ano de acontecimentos rápidos, imprevisíveis, muitos momentos pesados, difíceis, outros de muita alegria, amor, encontros, reencontros, desencontros. Quiçá eu ficar com um tremendo saldo positivo na minha conta bancária da vida, mas sabemos que não é assim. Mas apesar dos imprevistos, posso considerar sim um saldo positivo.
Em meio às atribulações perdi um grande amor, mas reencontrei pessoas queridas que estavam lá, no mesmo lugar. Solidifiquei algumas relações de amizade, importantes para o meu amadurecimento. Estive mais comigo mesma...a solidão...aquela mesma, que nos aflige, amedronta. Resolvi tirar proveito da sua presença. Resignificação do sentimento AMOR em todos os sentidos...Superação do medo de água! Esse entraria pro Guiness! A renovação do hábito de ler...fantástico! O encontro com outras pessoas, que gentilmente me acolheram. A vocês, antigos e novos amigos, o meu muito obrigada pela presença! Obrigada também a todos que, de alguma forma contribuiram para que eu me tornasse um ser humano melhor. Essa caminhada não tem fim e é bom sabermos que não estamos sós.
Marcadores: Reflexões
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
38 - Viagem interior
Voltando ao livro, tem uma parte interessante onde fala sobre amizade:
"Quando nos vemos ou quando estamos separados, há a prontidão de estarmos juntos, de rirmos e falarmos. Essa prontidão não tem definição concreta: é viva, dinâmica, e tudo que emerge do fato de estarmos juntos é um dom único que não é compartilhado por maus ninguém. Mas o que acontece se eu mudar 'prontidão' por 'expectativa', verbalizada ou não? Subitamente a lei entra no nosso relacionamento. Agora você 'espera' que eu aja de um modo que atenda às suas expectativas. Nossa amizade viva se deteriora rapidamente e se torna uma coisa morta, com regras e exigências."
Em outro trecho, o autor fala sobre relacionamentos:
"(...) Cada relacionamento entre duas pessoas é absolutamente único. Por isso você não pode amar duas pessoas da mesma maneira.(...) Você ama cada pessoa de modo diferente por ela ser quem ela é e pela especificidade do que ela recebe de você. E quanto mais vocês se conhecem, mais ricas são as cores desse relacionamento."
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
37 - Por trás do sorriso...
Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios
Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos
Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
(Interpretado por Djavan, original de Charles Chaplin)
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
36 - O sonho de Ismália
Foto: Onny
ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
35 - Superando limites...
Mais uma vez tive provas de que quando queremos e acreditamos verdadeiramente em algo somos capazes de superar limites e tornar alcançável aquilo que um dia imaginamos impossível ou inatingível.
O que nos motiva a isso? Grande parte a vontade de sair da inércia, do discurso e partir para a ação. Sem pressa de aprender tudo de uma vez, sem medo de errar e ter que começar tudo de novo mas confiante em si e na sua capacidade.
Talvez eu seja mais uma daquelas pessoas que tem tirado um certo aprendizado ou uma força maior perante o sofrimento.
Por que será que somos capazes de extrapolar nossos limites para o bem e muitas vezes não conseguimos estabelecer nossos limites, desrespeitando ao próximo e a nós mesmos? Ou ainda, não conseguir ser autênticos ao ponto de mostrar nossos limites ao outro ou não aceitar os limites do outro e seus próprios limites.
Não que os limites sejam barreiras, mas que possam ser colocados de uma forma em que o amor caminhe junto. Onde que com o amor esses limites possam ser trabalhados, aceitos e até mesmo superados.
Erramos muito na tentativa de acertar. Magoamos de forma cruel justamente aqueles que juramos amar. Parece um monte de incoerência, mas acontece. Aprender a nadar hoje me parece tão mais fácil que aprender a amar...isso sim exige muita calma, muita sabedoria, desprendimento e não requer técnica. Requer cuidado, zelo, auto-conhecimento, amor por si próprio. Uma lição que tenho aprendido: para amar o outro necessitamos nos conhecer, estar em paz consigo, se amar, não temer se expressar, aceitar lidar com as diferenças. Não amo parte de alguém, amo o todo, a essência que constitui aquele por quem um dia me apaixonei. A paixão é o convite para que o amor entre no nosso coração e faça dali sua morada.
O mais difícil dessas lições é que elas vêm com o tempo.
Marcadores: Reflexões